quarta-feira, 24 de abril de 2013

Conquistando um novo território


A conquista das terras brasileiras 

Ampliando o conhecimento  sobre a História do Brasil, organizei este texto para debater na sala de aula com a minha turma. 
Resolvi colocá-lo no blog e  dividir com vocês.

  
         No ano de 1500, precisamente no dia 22 de abril, chegam ao Brasil treze caravelas portuguesas, lideradas por um navegador conhecido como Pedro Álvares Cabral. 
      Atravessando o Oceano Atlântico, do norte para o sul, um grande monte foi avistado. Eles estavam desembarcando em Porto Seguro, na Bahia. Na incerteza daquela descoberta se tratar de uma ilha ou um continente, primeiramente a chamaram de Monte Pascoal, pois a data correspondia à Páscoa. Na verdade, os portugueses acreditavam que tudo era apenas um grande monte, até que Cabral suspeitou que existia uma faixa de terra também, chamando o local de Ilha de Vera Cruz. Após outras expedições portuguesas na região, foi descoberto que não se tratava de uma ilha, mas sim de uma enorme área continental, fazendo com que novamente o nome fosse alterado para Terra de Santa Cruz.  Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, o nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
                                                                 Imagem 1   
                                                   
            Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Diante do fatos de os dois terem as mesmas ambições, e  para evitar as guerras pelas posses das terras, Portugal e Espanha fizeram um acordo (Tratado de Tordesilhas), dividiram as terras com uma linha imaginária e cada um podia explorar uma parte.   O governo de Portugal não se  preocupou muito em ocupar as terras brasileiras. Seu maior interesse, durante esse período, estava na extração do pau-brasil, obtido ao longo do litoral da nova terra descoberta. Para  realizar o extrativismo do pau-brasil, levando toneladas de madeiras para a Europa, eles usavam os indígenas para fazer a exploração e davam em troca objetos como espelhos, apitos e chocalhos.           
       Para facilitar a exploração, os portugueses criaram as feitorias, uma espécie de depósitos para armazenar o pau-brasil antes de enviar para a Europa. As primeiras feitorias foram criadas nas regiões do Rio de Janeiro, Pernambuco, da Bahia  e de São Vicente (arredores de São Paulo). 
          A partir de 1530, após a expedição de Martin Afonso de Souza, Portugal passou a se interessar mais pelo Brasil. Além disso, muitos piratas estrangeiros roubavam ilegalmente o pau-brasil. Martin Afonso de Souza fundou no ano de 1532 os primeiros povoados do Brasil, as Vilas de São Vicente e Piratininga (atual cidade de São Paulo). No litoral paulista, eles logo desenvolveram o plantio da cana-de-açúcar. 
          Para desenvolver a produção do açúcar, os portugueses utilizaram nos engenhos a mão de obra escrava, os primeiros a serem escravizados foram os indígenas, posteriormente foi utilizada a mão de obra escrava africana, o tráfico negreiro neste período se tornou um atrativo empreendimento juntamente com os engenhos de açúcar.

                                        Pau-Brasil

http://www.historiadobrasil.net/descobrimento/
http://www.brasilescola.com/historiab/colonizacao-brasil.htm
http://www.arvoresdf.com.br/especies/exoticas/pau-brasil.htm

                                   Espero que este texto possa ter contribuído com o seu aprendizado!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O índio de ontem e de hoje





Não podemos deixar de comemorar. Eles fazem parte da nossa cultura!!!

Por ocasião da data, é comum encontrar nas escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas, música e atividades culturais. No entanto, especialistas questionam a maneira como algumas dessas práticas são conduzidas. ¨É preciso mostrar que o índio é contemporâneo e tem os mesmos direitos que muitos de nós,¨  diz a coordenadora de Educação Indígena no Acre, Maria do Socorro de Oliveira.

Trazer para a sala de aula uma discussão sobre a cultura indígena usando fotos, vídeos, música e a vasta literatura de contos indígenas, pode ser uma boa opção.
 "Ser índio não é estar nu ou pintado, não é algo que se veste. A cultura indígena faz parte da essência da pessoa.Não se deixa de ser índio por viver na sociedade contemporânea", explica a antropóloga Majoí Gongora, do Instituto Socioambiental.

 É importante relatar aos alunos que os povos indígenas não vivem mais como em 1500. Hoje, muitos têm acesso à tecnologia, à universidade e a tudo o que a cidade proporciona. Nem por isso deixam de ser indígenas e de preservar a cultura e os costumes.
Procure material de referência e elabore aulas que proponham uma discussão sobre cultura indígena ou sobre elementos que a emprestou à nossa vida, seja na língua, na alimentação, na arte ou na medicina.Procure debater sobre o que podemos aprender com esses povos. Em relação à sustentabilidade, por exemplo, como poderíamos aprender a nos sentir parte da terra e a cuidar melhor dela, tal como fazem e valorizam as sociedades indígenas?


Como eles viviam?
Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e capivara. Não conheciam o cavalo, o boi e a galinha. Na Carta de Caminha é relatado que os índios se espantaram ao entrar em contato pela primeira vez com uma galinha. As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo comum. Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Da madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas moradias (oca). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo.


Quando os portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar muitos indígenas. Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho. 
Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia. Foi assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e também sua identidade. 


Clique na imagem  abaixo para assistir uma  apresentação de dança do Pataxós na reserva indígena em Guarani - MG

Os índios de hoje

Grande parte dos índios brasileiros vive hoje na Amazônia. De acordo com o Censo 2010 do IBGE, vivem na Amazônia cerca de 306 mil indígenas, sendo que a maioria vive na zona rural.
Embora muitas tribos de índios da Amazônia possuam contato com a cultura externa, elas ainda mantém os principais aspectos de vida dos seus antepassados. Vivem da caça, pesca, extrativismo vegetal e agricultura.
Uma das principais figuras nas tribos é o pajé. Espécie de curandeiro, ele é também o sábio que conhece a cultura do povo e a transmite oralmente para os mais novos. É ele quem domina o contato com o mundo espiritual e faz os rituais religiosos, principalmente de cura.

Problemas enfrentados atualmente
Embora grande parte dos povos indígenas da Amazônia tenha suas terras demarcadas e protegidas por lei, eles ainda sofrem com a presença de garimpos na região, construção de hidrelétricas e rodovias e o avanço da agropecuária de grande porte. 
Algumas tribos indígenas que vivem na Amazônia não possuem qualquer contato com outras tribos ou culturas. Estes povos vivem da mesma forma que seus antepassados de séculos atrás. Como não possuem contatos externos, não sabem o que há e o que se passa no mundo. Vivem da caça, pesca, coleta de vegetais e agricultura de subsistência.


Clique na imagem abaixo e assista um vídeo bem interessante

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Educar é preparar para a vida



Estava procurando uma mensagem para minha reunião com os pais, encontrei este texto da Luisa Lessa, fiz algumas adaptações e os pais adoraram. Resolvi dividir com vocês, pois realmente vale a pena!

        Fala-se muito em educação para o sucesso, mas é fato que é mais importante ser feliz do que bem-sucedido. Embora a realização seja fundamental, quando chega sem felicidade é a pior forma de fracasso. Muitos pais querem definir para os filhos o que significa sucesso: ser empresário, ser arquiteto, tornar-se médico, advogado, economista, juiz, engenheiro etc. Mas isso não é tarefa simples, desejar isso aos filhos e conduzi-los a esses caminhos há uma distância abismal.
       É preciso, aos pais, saber preparar os filhos para a vida.  É preciso orientar, saber dizer “SIM” e dizer “NÃO” quando necessário. Essas ações exigem coragem, mas, particularmente, AMOR. Quem ama cuida para a vida e não para si.
Que tal mudar de atitude e passar a estimular a autonomia dos filhos ao invés de ficar comprando, todos os caprichos e vaidades? Amar é ensinar a caminhar, dar liberdade, ensinar a conquistar espaço no mundo.
Os pais precisam colocar limites para os filhos crescerem, não apenas de tamanho, mas em atitudes e respeito aos outros. Esse filho é um ser com uma quantidade enorme de energia, que precisa, desde cedo, ser bem canalizada. Essa pessoa precisa aprender a gerenciar essa energia adequadamente e, para tanto, precisa de um enquadramento e um direcionamento que, principalmente, ao pai cabe dar.
Também é importante que pais e mães possam ser amigos de seus filhos, mas, antes de qualquer outra coisa, por amor a eles os pais têm o dever de educá-los, de colocar limites, estabelecer proibições. Os filhos necessitam de pais e mães mais próximos, mas precisam, igualmente, de pais que saibam dizer não, saibam estabelecer limites entre suas vidas e a vida dos filhos.
Para educar um filho não há fórmula ou manual que se possa seguir, pois cada filho e cada pai e mãe são únicos em sua natureza. Todos precisam ser respeitados. As pessoas escolhem com quem vão casar, de quem serão amigos, mas não escolhem os filhos, assim como os filhos não escolhem os pais. De toda forma, é preciso saber conviver com eles e orientá-los.  De tudo uma coisa é certa: Educar é também frustrar; é dizer não e contrariar a vontade do filho, quando necessário. Quem ama cuida bem.
Educar também envolve dizer e ouvir o “não”. Significa ensinar que para cada ato existe uma consequência e para cada regra quebrada, uma punição. Significa mostrar que o mundo não gira ao seu próprio redor. Por mais duro que pareça, aquela negativa ou aquela bronca, que parece ser tão difícil de pronunciar, também é um ato de proteção, um ato de amor. Se amar significa querer fazer o melhor por alguém, que tal criar os filhos para serem pessoas melhores e honradas? Educar para a vida é a maior prova de amor que existe. Você precisa educá-lo para viver em harmonia em todos os ambientes e não só dentro de casa.
Então, é preciso entender que o excesso é prejudicial em todos os sentidos, inclusive o amor sem limites. Educar envolve muito mais do que o instinto de proteção, mas também a dura missão de educar para a vida, tornando-os responsáveis por uma vida melhor.

                                                       Adaptação do texto de Luisa Lessa

No final da reunião os pais levaram um cartãozinho enfeitado pelos alunos com os dizeres:                                                          

                                                                        Você é a 
                                                            pessoa mais importante
                                                                  da  minha vida!
                                                              Hoje sou pequeno
                                                                     e caminho
   Seguindo os seus passos.

Amanhã serei adulto
       E seguirei sozinho os passos 
que você me ensinou.

   Obrigada por você existir e
      se preocupar  tanto comigo.
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